27 de out. de 2011

Metade do Brasil está obeso

Mais da metade da população brasileira está com sobrepeso ou obesa.
Fique alerta!
por Ana Carolina Pinto


Quando uma pessoa é considerada obesa?
Para afirmarmos que uma pessoa é obesa, é preciso fazer o cálculo do seu índice de massa corpórea, que é obtido a partir da divisão do peso do indivíduo (em quilos) pela sua altura (em metros) multiplicada ao quadrado. Ou seja: IMC=peso/altura2. Quando o resultado desta fórmula é maior do que 30 kg/m2 pode-se afirmar que a pessoa é obesa. Vale lembrar que os valores de normalidade do IMC são 18,5-24,9 kg/m2. Pessoas com sobrepeso apresentam IMC entre 25 e 29,9 kg/m2.



Todos os gordinhos têm algum problema de saúde?
Nem sempre. Sabemos que a obesidade é fator de risco para a maioria das doenças crônicas como diabetes melittus, hipertensão arterial, colesterol alto, doenças cardiovasculares, certos tipos de tumores, apneia do sono, distúrbios psicossociais e problemas ortopédicos. Entretanto, é importante frisar que pessoas com IMC > 40 (obesos mórbidos) têm um risco elevado de morte quando comparados às pessoas com peso normal.

Mesmo quando a saúde está perfeita, mas há um sobrepeso, há riscos à saúde? Quais?
Sem dúvida. O sobrepeso, assim como a obesidade, é um fator de risco para doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos, diabetes etc. A diferença entre os indivíduos obesos é que o tratamento clínico à base de dietas e a promoção de atividade física tem resultados bastante favoráveis.

 Quais os principais riscos da obesidade para as mulheres?
Além dos anteriormente mencionados, as mulheres apresentam alguns fatores de risco específicos. São eles: maior taxa de infertilidade, maior incidência de cesarianas e elevado risco durante a gestação devido a maior incidência de diabetes gestacional e de hipertensão da gravidez. Estas alterações durante a gravidez podem aumentar a mortalidade neonatal e a ocorrência de malformações do feto. Além disso, mulheres obesas têm maior incidência de câncer de endométrio, mama (principalmente após a menopausa) e do colo do útero.

 E para os homens?
Os homens obesos apresentam risco elevado de doenças cardiovasculares (tais como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial). Além disso, homens obesos têm maior incidência de disfunção erétil (impotência) e, embora a incidência de câncer de próstata seja menor em obesos, quando a doença ocorre é geralmente mais agressiva.


E para as crianças?
Para as crianças, a obesidade aumenta o risco de problemas ortopédicos, infecções respiratórias e de pele, além de ser uma causa importante de isolamento social. Também sabemos que uma criança que apresenta obesidade na adolescência tem risco 50% maior de se tornar um adulto obeso.


Como evitar a obesidade em crianças?
A educação começa em casa, através de medidas comportamentais privilegiando uma alimentação balanceada, com poucas gorduras e carboidratos. O papel da escola também é importante, estimulando a prática de atividades físicas e fornecendo alimentação igualmente balanceada na hora dos intervalos das aulas.

 Qual a dica de alimentação para os adultos e para as crianças para evitar a obesidade?
Consumir diariamente alimentos como cereais, frutas, legumes, verduras, carnes magras, aves ou peixes. Fazer ao menos 3 refeições por dia, evitando beliscar nos intervalos e ter sempre a mão frutas e suco de frutas para os lanches entre as refeições. Iniciar a refeição e dar prioridade para alimentos de origem vegetal, com saladas em grande quantidade. Não esquecer de beber muita água entre as refeições. Além disso, deve-se evitar o consumo de alimentos muito gordurosos, doces, etc.


 Qual o primeiro passo para quem quer emagrecer?
Procurar um médico, pois é ele que vai poder orientar quanto a melhor forma de tratamento da obesidade e de suas doenças associadas, uma vez que muitas pessoas obesas ou com sobrepeso desconhecem essas doenças.


A cirurgia de redução do estômago ficou muito popular. Mas para quem ela é realmente indicada e quais são suas contraindicações?
Está indicada para pacientes com IMC de 40 kg/m² ou IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de doenças associadas à obesidade. Além disso, é necessário comprovar que o paciente não teve sucesso com tratamentos convencionais por pelo menos 2 anos.Está contraindicada para pacientes que não têm capacidade de compreender o procedimento ou nos casos de transtornos psiquiátricos não controlados. Também está contraindicada em portadores de doenças genéticas


O uso da sibutramina está sob risco de suspensão e outros inibidores de apetite à base de anfetamina foram retirados do mercado. Quais as vantagens e desvantagens desses remédios?
Os inibidores de apetite a base de anfetamina foram retirados do mercado devido a alta incidência de efeitos colaterais, enquanto promoviam uma perda de peso discreta. A sibutramina, por sua vez, também tem um efeito sacietógeno (inibe o apetite), porém com menor ocorrência de efeitos colaterais. Entretanto, recentemente foi publicado um estudo científico que analisou pacientes com idade igual ou superior a 50 anos com fatores de risco para doença cardiovascular. Nos pacientes tratados com sibutramina, houve um maior número de mortes que, embora tenha sido uma diferença pequena, foi estatisticamente significante, o que acarretou na proibição da comercialização deste medicamento em outros países. No Brasil, a comercialização da sibutramina é permitida, porém com restrições impostas pela ANVISA. Assim, apesar de ser uma droga longe do ideal, ainda é um dos poucos recursos que dispomos para o tratamento farmacológico da obesidade.
Fonte: Site Bolsa de Mulher.

POR ISSO A MELHOR OPÇÃO É:
ATIVIDADE FÍSICA + ALIMENTAÇÃO BALANCEADA

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